Curiosidades
Conheça a curiosa história do verdadeiro Marinheiro Popeye
Nenhum desenho, por mais original que possa ser, surge do nada. As inspirações estão por todos os lados e no caso do marinheiro Popeye, também tinha uma boa inspiração. O Marinheiro Popeye apareceu pela primeira vez nos quadrinhos em 1929 criado pelo cartunista Elzie C. Segar e acabou se tornando um desenho animado de grande sucesso.
O que quase ninguém sabe é que o personagem, que comia espinafre para ganhar super força, foi baseado em uma pessoa real chamado Frank “Rocky” Fiegel, assim como o seu amor Olívia Palito e seu amigo Dudu.
E quem foram eles? O Marinheiro Popeye, Olívia Palito e Dudu foram personagens da vida real e separamos um pouco da história dessas pessoas especiais que, indiretamente, fizeram parte da infância de muitos.
O Marinheiro Popeye – Frank “Rocky” Fiegel
A História do Marinheiro Popeye e sua inspiração
O seu verdadeiro nome era Frank “Rocky” Fiegel (foto). Frank nasceu em 27 de janeiro de 1868 e faleceu em 24 de março de 1947, na cidade de Chester, Illinois, EUA.
Frank era marinheiro e depois de aposentado foi contrato pela taverna Wiebusch’s na cidade de Chester, Illinois, para limpar e manter a ordem.
Conheça a curiosa história do verdadeiro Marinheiro Popeye
Frank tinha sempre um cachimbo na boca, o que dificultava sua fala, além de ter o olho direito com problemas devido as muitas brigas em que esteve envolvido e, por isso, o mantinha sempre meio fechado.
Aí vem uma curiosidade que poucos sabem, que o significado de Popeye é “pop” (estourado) e eye (olho), assim, pode-se dizer que significava “Olho estourado” em português, de novo, como prêmio de todas as confusões que ele arrumava, mas que na cabeça dele, ele ganhou todas!
Frank, assim como o personagem animado, sempre estava estava fumando um cachimbo, por isso falava apenas com um dos lados da boca. Era amável com as crianças. Não parava de contar aventuras imaginárias, gabando-se das proezas de sua força física, garantindo que nunca tinha perdido uma briga.
O Popeye da vida real, apesar de ser muito bom e paciente com as crianças da cidade, inclusive Elzie C. Segar (o autor), que iam ao bar só para ouvir suas aventuras, era uma pessoa muito diferente ao tratar os frequentadores adultos do local.
Frank tinha fama de brigão e de criar muita confusão com os fregueses, e apesar de contar para todos na cidade que sempre saia vencedor das desavenças, todos sabiam que isto não era verdade.
A inspiração do verdadeiro Popeye
O autor das histórias em quadrinhos Popeye, que se chama Elzie Crisler Segar, também nasceu em Chester e conheceu Frank quando ele (o autor) ainda era jovem. Segar ia para o bar onde ficava ouvindo por horas histórias sobre suas aventuras fictícias vividas no mar enquanto foi marinheiro. E assim, anos mais tarde, o homenageou com o personagem Marinheiro Popeye.
Então, resumindo, ao contrário dos super-heróis do universo Marvel, o Marinheiro Popeye — um dos mais famosos personagens das histórias em quadrinhos e dos desenhos animados de todos os tempos — não nasceu apenas da imaginação do autor, o cartunista americano Elzie Crisler Segar de fato conheceu o Popeye.
A lata de espinafre também existia na vida real (era o lanche dele no intervalo de trabalho).
A história do personagem carismático que está sempre tentando proteger sua namorada, Olívia Palito, das garras de seu eterno inimigo, Brutus, é muito mais interessante do que você imagina.
Conheça a curiosa história do verdadeiro Marinheiro Popeye
Todas essas características foram reunidas por Segar ao criar seu protagonista, em 1929.
Ironicamente, o hoje icônico marinheiro que se alimenta de espinafre para ganhar força seria apenas personagem secundário nas tirinhas do New York Journal, mas caiu nas graças dos leitores e acabou virando protagonista.
A História da Olívia Palito, a namorada do Marinheiro Popeye e sua inspiração
Assim como Popeye, sua eterna namorada, Olívia Palito, também existiu de verdade: era dona de um armazém em Chester. O nome dela era Dora Schrader Paskel. Dora nasceu em 13 de novembro de 1872 e faleceu em 8 de maio de 1953 aos 80 anos.
Pela descrição que faziam dela, suas roupas eram muito semelhantes as da personagem Olivia Palito com saia midi e sapatos de botão que estavam em moda na época.
Além disso, Dora tinha cabelos negros e longos, que usava presos em um coque no alto da cabeça. Nascida em 13 de novembro de 1872, foi casada com Frank Paskel, falecido em 1938.
Olívia Palito, também existiu de verdade: era dona de um armazém em Chester.
Dora Paskel chamava muito a atenção por ser alta, magra e usava os cabelos enrolados em um coque, tal qual Segar perpetuou sua imagem nos desenhos animados e nas histórias em quadrinhos, 91 anos atrás.
Além disso, não era comum uma mulher dirigir um armazém, que dirá com essas características.
Nessa foto em Família, Olívia Palito, ou melhor, Dora Schrader Paskel é a última da esquerda para a direita.
Nessa foto em Família, Olívia Palito, ou melhor, Dora Schrader Paskel é a última da esquerda para a direita.
Dora Schrader Paskel está sepultada no cemitério Evergeen, em Chester, e também tem uma homenagem à si.
A História do Dudu, Marinheiro Popeye e sua inspiração
Um outro personagem que estava nesse contexto social da cidade natal de E. C. Segar, em Chester, Illinois, e que acabou sendo homenagedo foi o senhor J. William Schuchert. Nascido em 08 de março de 1857 e falecido em 20 de fevereiro de 1941, o William “Windy Bill” Schuchert inspirou para se criar mais um integrante da história o simpático Dudu ou Wellington Wimpy, nome original do personagem.
William Schuchert o Dudu
Bill foi o chefe de Segar durante o final da sua adolescência, enquanto Segar trabalhava em um teatro local. Ao contrário do personagem Dudu, ele teria sido um homem generoso, embora compartilhasse a forma rotunda do personagem e um apetite voraz por hambúrgueres. Ressalta-se que sua aparência física e sua paixão por hamburguer criaram toda a personalidade de Dudu.
Louco por Hamburgers, Dudu era um dos melhores amigos do marinheiro Popeye e, apesar de ser um personagem tranquilo e bonachão, conseguia se meter em grandes atrapalhadas.
Dizem que J. William Schuchert se vestia de forma muito semelhante ao Dudu, além de ser um apreciador da boa comida, porém o seu prato favorito seria um bom hamburguer, também na vida real.
William Schuchert foi casado com Lizzie Beare Schuchert com quem teve uma filha Pettie Ida Schuchert Von Gorder. Sua esposa, falecida em 1931 e sua filha em 1940, ambas sepultadas com ele no cemitério de Evergreen em Chester, Illinois.
Dudu do Marinheiro Popeye e o da vida real
Ele também foi homenagem com um túmulo especial no cemitério Evergreen.
Túmulo do Dudu em Chester
A morte do escritor do Marinheiro Popeye
O marinheiro Popeye de Chester, Ilinois morreu em 24 de março de 1947 aos 79 anos de idade. Mas ele e Elzie C. Segar sempre estiveram em contato e foram bons amigos até a morte de Elzie em 1938.
Elzie Segar
Nascido em 08 de Dezembro de 1894, na cidade de Chester, Illinois, Segar faleceu em 13 de Outubro de 1938 aos 43 anos na cidade de Santa Monica, Los Angeles, California por leucemia e doença hepática.
Elzie Segar
No dia 14 de outubro de 1938, o cartunista Elzie Crisler Segar faleceu. A notícia foi destaque no jornal The New York Times. A página 23 tem um cabeçalho de uma coluna: “CARTOONIST SEGAR, CRIADOR DE ‘POPEYE’” com subtítulos e foto.
Primeira reportagem sobre a morte de E. C. Segar, cartunista americano mais conhecido como o criador de Popeye the Sailor Man. Suspeito que esta seja uma das poucas publicações a relatar este evento em particular, já que outros títulos em nosso inventário não o fazem.
Artista e escritor que se inspirou na pequena cidade onde cresceu, Elzie Crisler Segar continua a divertir o público em todo o mundo com sua criação mais famosa, o marinheiro amante de espinafre Popeye.
Sem o gênio da imaginação de Elzie Segar, Popeye e os amados personagens da série Thimble Theatre não estariam entretendo tanto os amantes de desenhos animados quanto os entusiastas de espinafre.
Para Elzie, porém, Popeye e seus amigos eram companheiros amados, tão reais quanto qualquer uma das pessoas em sua vida. Um obituário observa que Elzie “viveu com seus personagens e falou sobre eles como faria sobre qualquer conhecido próximo. Ele insistia que não podia manipular seus personagens, mas ‘apenas deixá-los fazer o que quisessem’.”
Elzie C. Segar
A vida que ele deu a essas criações malucas, geradas simplesmente por papel, lápis e o poder da mente artística, continua para proporcionar alegria e riso a inúmeras pessoas ao redor do mundo e em sua cidade natal hoje.
Turma do Popeye
