Dezoito governadores que integram a coalização “Governadores pelo Clima” subscreveram carta ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), solicitando a análise com urgência do PL 528/21, de autoria do deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), antes da COP-26, a Conferência do Clima da ONU, que ocorre em novembro na Escócia.
Assinaram a Carta de Manaus os governadores Wilson Lima (AM), João Dória (SP), Carlos Casagrande (ES), Eduardo Leite (RS), Carlos Massa Júnior (PR), Reinaldo Azambuja (MS), Camilo Santana (CE), Mauro Mendes (MT), João Azevedo, Cláudio Castro (RJ), Waldez Góes (AP), Ronaldo Caiado (GO), Romeu Zema (MG), Paulo Câmara (PE), Helder Barbalho, Belivaldo Chagas, Wellington Dias (PI), Flavio Dino (MA).
Autor do PL que integra a pauta verde do Congresso Nacional, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), construiu um texto em comum acordo com diversos setores, que estabelece regras para a certificação e o comércio dos créditos, hoje negociados apenas de forma voluntária no Brasil, o que dará segurança jurídica a países e empresas que precisam compensar suas emissões.
“O Brasil e a Amazônia possuem o maior ativo ambiental do mundo – a floresta em pé, mas pouco se beneficia por não termos regras para o mercado de carbono, que somente em 2019 movimentou R$ 45 bilhões. E, para garantir que as populações tradicionais sejam beneficiadas, incluímos um mecanismo que direciona parte dos recursos para a redução da pobreza na região” revelou Ramos.
Outro grupo que pleiteia metas climáticas mais ousadas por parte do Brasil na COP é a “Coalização Brasil Clima, Florestas e Agricultura,” formada por 300 empresas, entidades do agronegócio, organizações da sociedade civil, do setor financeiro e da academia. O grupo também divulgou carta à comunidade internacional ao governo brasileiro, nesta quarta-feira (13/10), em que recomenda a regulamentação do mercado de carbono no Brasil.
Carta de Manaus – A participação de governadores dos Estados da Amazônia Legal em evento promovido pela FAS– Fundação Amazônia Sustentável, selou a elaboração da Carta de Manaus, em favor do projeto de Marcelo Ramos. Segundo ele, com os serviços ambientais prestados pelas nossas florestas monetizados, o Brasil confronta a tese de que somente a floresta derrubada pode gerar riquezas.
Confira a carta na íntegra: