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10 anos atrásno
Percorrer toda a extensão do bairro da Glória, na Zona Oeste de Manaus, não dura mais do que meia hora. De acordo com a Lei Municipal 1.401/10, o bairro inicia na avenida Presidente Dutra próximo a igreja do São Raimundo e, com 49 hectares, é um dos menores bairros da cidade, mas isso não significa que o lugar não está cheio de histórias, já que também é um dos mais antigos da cidade.
A história da Glória inicia antes mesmo de o bairro ganhar esse nome. Segundo o padre Stanislaw Krajewski, da paróquia Nossa Senhora da Glória e que estuda a história do bairro, o local teve os seus primeiros moradores no início do século 20, graças às indústrias que se instalaram no bairro da Aparecida.
“Em 1912 foi instalado o Matadouro Municipal, que deu origem ao nome inicial do bairro. Todo o abate que abastecia a cidade era realizado lá”, conta o padre. Assim o lugar era batizado de bairro do Matadouro, nome que iria perdurar até a década de 1950.
O padre Stanislaw explica que foi nessa época que o bairro começou a se desenvolver, graças à chegada de pessoas do interior, fugindo da grande enchente que aconteceu na época. “Nessa mesma década, um grupo de religiosos começou a construir a Igreja de Nossa Senhora da Glória e, em homenagem à Santa, o bairro passou a ter o nome de Glória”, explica.
Segundo ele, foi o padre Henrique Dentener o primeiro religioso a se assentar no até então bairro do Matadouro, onde comprou uma casa de madeira e a transformou em uma capela. Com o tempo, no lugar dela, foi construída a Igreja Nossa Senhora da Glória, com a ajuda dos próprios moradores.
O bairro comemora aniversário no mesmo dia da santa, em 15 de agosto.Entre os lugares importantes da Glória estão a própria igreja de Nossa Senhora da Glória, localizada na avenida Presidente Dutra, a via principal do bairro. Em frente à igreja está a praça Antônio Bittencourt, local de lazer para os moradores, com bares, lanches e quadra de esportes. Já onde antes ficava o matadouro municipal, localizado às margens do igarapé do São Raimundo, hoje é funciona o prédio da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).
Infraestrutura e as famílias que moram à margem do igarapé. Esses são os principais problemas apontados pela associação de moradores do bairro da Glória. “Há cinco anos as mais de mil famílias que moram na área alagada, na margem do igarapé, estão esperando pelo Prosamim e não são retiradas pelo governo”, afirma Ricardo Maciel, presidente da associação de moradores. Ele dizque a situação das famílias fica mais precária na época da cheia.
Já quanto à infraestrutura, a principal reclamação dos moradores é o estado da praça. “A quadra de esporte não passa por uma reforma há mais de 20 anos, precisa de revitalização, nós temos que tirar do próprio bolso para pintar, ajeitar as grades de proteção e o piso quebrado”, reclama Maciel.
Segundo os moradores, quem frequenta a praça ainda é vítima de pequenos furtos, principalmente de celulares. Apesar disso, há um consenso de que a situação melhorou com o início do “Ronda no Bairro” no local, mesmo sendo patrulhado por uma única viatura, devido ao tamanho do bairro. De acordo com a polícia, a Glória é considerada um “bairro exemplar, com baixo nível de criminalidade”
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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