Imagens fortes registradas através de um buraco na parede de um lar temporário em Taiobeiras, município na região Norte de Minas Gerais, e que mostram funcionários da instituição arrastando pelas costas um idoso de 66 anos com mãos e pernas amarradas, integram um inquérito aberto pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) para apurar uma denúncia de maus-tratos contra o asilo.
Registros em questão foram filmados nessa terça-feira (2), e a Polícia Militar (PM) lavrou uma ocorrência à ocasião após ligação feita por uma vizinha à instituição que trouxe a público acusações sobre agressões corriqueiras nas dependências da casa de repouso – é também ela a autora das imagens.
Em relato à Polícia Militar, a mulher contou que são constantes os episódios de violência entre funcionários do lar e internos. E, logo que percebeu que a prática se repetiria naquela tarde com um morador do asilo, a denunciante decidiu registrar as agressões por um buraco no muro da instituição, segundo declarou no histórico da ocorrência. O vídeo mostra por alguns segundos os instantes em que funcionários arrastam pelas pernas um idoso, que está deitado de costas para o chão. Imagens indicam também que há cordas prendendo as mãos e as pernas do homem. Após a filmagem, a denunciante acionou os militares.
Como resposta à polícia, a representante do lar temporário declarou na data que tratou-se de fato isolado e justificou a ação alegando que o interno havia acordado muito violento e cometido agressões contra outros moradores e funcionários. A mulher também disse ter acionado uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para que prestasse os cuidados necessários ao idoso, entretanto, a unidade não teria comparecido.
Ela não indicou quem são os funcionários que aparecem nas imagens. Como parte do histórico, a Polícia Militar detalhou ter encontrado o idoso que aparece nas imagens deitado em uma cama e aparentando estar tranquilo. Outros moradores do lar teriam sido questionados sobre episódios de maus-tratos, mas não houve quaisquer confirmações.
Procurada à manhã de quinta-feira (4), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) declarou ter instaurado inquérito para apurar a denúncia.
VEJA O VIDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=-BxnRojzdLY