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5 anos atrásno
Já pensou se perto da sua casa tivesse um lixão tóxico, mas que desse a impressão que o local é um lago paradisíaco? No Amazonas existe um local parecido em Presidente Figueiredo, conhecida como A Lagoa Azul, mas bem longe de ser tão tóxico assim.
Essas e outras loucuras é o que muitos digital influencers tem procurado para consegui aquela foto perfeito que renderá milhares de “likes” e “amei”. A busca pelo sucesso é capaz de levar um “instagramer” ou um “influencer” a cometer loucuras.
Na cidade de Novosibirsk, cidade situada na região central da Sibéria, na Rússia, um lago de água azul-turquesa cristalina feito o mar do Caribe foi divulgado nas redes sociais e choveu de turistas para tirarem foto nesse local curioso.
O sucesso foi tanto que os turistas já iam devidamente trajados em banho, sem se perguntarem a razão pela qual um lago com essas características existiria. O sucesso no Instagram encobria uma história perigosa e, ao mesmo tempo, simbólica, como uma metáfora sobre a atualidade: o lago não era um lago, mas sim uma barragem onde dejetos tóxicos de uma central termoelétrica são lançados.
A coloração azul-turquesa se dá por uma reação química a partir dos dejetos como cinzas de carvão queimado são despejados da central, que abastece todos os 1,6 milhão de habitantes de Novosibirsk, terceira maior cidade russa. O local, portanto, é um verdadeiro lixão líquido de óxidos metálicos, que evidentemente não faz bem para a pele de quem entra em contato.
As chaminés da central termoelétrica são visíveis, e visitantes contam que as águas desse pequeno Caribe siberiano de fato cheiram a “detergente de lavanderia” – mas nada disso impediu milhares de pessoas visitem o local para fotos e mesmo festas, com direito a cerveja e churrasco, feito fosse de fato uma praia paradisíaca.
A Siberian Generating Company, empresa de geração de energia responsável pela central, nega qualquer risco de radiação, mas alerta que o contato com a água pode sim provocar alergias e outras reações cutâneas – assim como que um eventual nadador corre o risco de se atolar no fundo pantanoso do “lago”.
Como nem mesmo a confirmação de que as águas eram tóxicas impediu que a caça por likes levassem os usuários do Instagram até lá, a administração da empresa decidiu por fechar as estradas que davam acesso ao local. A nota a respeito do ocorrido não poderia ser mais clara: “Isso não é uma praia”, diz. Na internet, porém, muito mais importante do que ser, é parecer.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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