Crescimento exponencial no número de operações feitas pelo meio digital provoca também um aumento no número de golpes; entenda!
O acelerado desenvolvimento de ferramentas tecnológicas, que são criadas para auxiliar em tarefas de rotina da vida em sociedade, resulta em cada vez mais eficiência e facilidades no dia a dia. É claro que com o setor financeiro não foi diferente. Nos últimos anos, o modo com que as pessoas realizam operações bancárias foi transformado. Antes de forma mais burocrática e trabalhosa, uma transferência, nos dias de hoje, pode ser feita apenas utilizando um smartphone.
De acordo com a última pesquisa disponível, os aparelhos celulares são responsáveis por 51% das transações bancárias. Ou seja, mais da metade da população utiliza o meio digital para facilitar a vida financeira. Em 2016, o percentual era de apenas 28%. Para a Febraban, o aumento se dá, não só pelos avanços tecnológicos, mas também pela necessidade em função de fatores externos, como a pandemia.
No entanto, com o passar dos anos, também foi possível perceber que essas facilidades, quando mal utilizadas, podem comprometer a segurança e o sigilo de clientes, mesmo que dos principais bancos do país. Sobretudo quando se tratam de clientes pouco familiarizados, tanto com o funcionamento de operações bancárias, como os métodos indicados para utilizar smartphones de forma segura.
Dados levantados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e divulgados pela Agência Brasil mostram que o índice de golpes aplicados contra clientes de bancos cresceram cerca de 165% no primeiro semestre de 2021, quando comparado com o ano anterior. O destaque são os golpes chamados de “engenharia social”, quando a vítima é manipulada a agir em benefício dos golpistas.
Para os golpistas, quanto menos intimidade da vítima com o funcionamento do sistema bancário e segurança digital, melhor. A falta de informação é aliada dos criminosos, que também fazem promessas de empréstimos pessoais em ‘ótimas condições’ e acabam dando prejuízo a quem contrata o serviço de forma irregular.
Para garantir transações bancárias e empréstimos pessoais online de forma mais segura, é recomendado que o cliente procure diretamente a agência bancária, entre em contato com o gerente pessoal ou o faça com um intermediário de confiança, como uma empresa conhecida pela qualidade nos serviços prestados. Também é preciso ficar atento a possíveis golpes que podem ser aplicados, sobretudo, através de ligações e mensagens enviadas para o celular.
Caso o acordo seja firmado pelo celular, é necessário o cuidado de checar as informações como endereço do site, o aplicativo utilizado e até se o telefone realmente é de um contato de confiança. Também é preciso ficar atento para os principais golpes que estão circulando na internet. É comum, segundo o Febraban, que os criminosos utilizem supostas ‘oportunidades imperdíveis’ para induzir o cliente a fazer transferências de forma urgente.
Bancos investem em segurança digital
Segundo a federação, os bancos estão investindo cerca de R$ 2,5 bilhões por ano para garantir ao cliente mais segurança digital nas operações realizadas. Porém, quando uma pessoa faz a transferência para os criminosos, ou entrega informações sigilosas, a prática facilita a ação dos golpistas e, para os bancos, a fraude não envolveu uma possível falha de segurança da instituição, dificultando qualquer tipo de ressarcimento.
Mais da metade dos brasileiros usa o celular para transações bancárias, diz Febraban