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12 anos atrásno
O que você faria se estivesse doente ou com dor e o seu médico não falasse a sua língua? As #FORCASARMADAS superam esse tipo de barreira frequentemente… VOCÊ SABE DIZER COMO?
O que você faria se estivesse doente ou com dor e o seu médico não falasse a sua língua?
ããããã???
Hoje conversando com uma colega e enquanto trocávamos informações, ela me passou essas imagens. Como venho acompanhando essa imposição do governo brasileiro na importação de médicos cubanos, preciso escrever sobre o que sei e vejo. As imagens são da Força Aérea Brasileira [Aeronáutica].
Em cada uma dessas imagens há a descrição do tipo de atendimento. Pois bem, não acredito ser papel das Forças Armadas o “atendimento de civis”, (civis, qualquer cidadão brasileiro, não militar) de comunidades ribeirinhas do interior do Amazonas e muito menos “trabalho social’, bem como outros tipos de atendimento médico/odontológico. Apesar da cooperação social constar como missão constitucional, isso está errado e precisa ser modificado. Em países desenvolvidos isso só acontece em caso de guerra ou calamidade.
No Brasil até para segurança nas eleições ou para impor medo aos bandidos as Forças Armadas são chamadas. Acredito não ser novidade para o povo brasileiro, talvez não haja a publicação do que realmente as Forças Armadas vem ‘tapando furos’ e colocando sob seus ombros algo que deveria ser saneado pelo próprio governo na saúde publica.
O quadro do sucateamento da saúde pública não é novidade nenhuma, é publico e notório mas usar profissionais das Forças Armadas os quais não recebem um único centavo a mais para tal trabalho é fazer “caridade com o chapéu” dos outros.
O Brasil é o único país do mundo a fazer isso. No meio militar chamam de ACISO (o conjunto de atividades desenvolvidas, normalmente em caráter temporário, com a finalidade de auxiliar as comunidades a solucionar os seus problemas mais prementes, desenvolvendo o espírito cívico e comunitário do cidadão.) Acontece que alguém inventou isso e tornou-se rotina…
Ninguém vai amar mais sua pátria por ter sido atendido por militares, mas em alguns momentos esses militares tem sido os “Salvadores da Pátria”, para quem não tem condições de enfrentar longas viagens e permanecerem em locais para tratamentos contínuos, acabam morrendo pela falta de atendimento e acompanhamento médico hospitalar.
Nós não precisamos de médicos cubanos que passam quatro anos em uma universidade, não somos cobaias, somos humanos . E aqui mesmo no Amazonas em muitos hospitais e consultórios e em regiões ribeirinhas, por mais de uma dúzia de vezes já conheci e fui atendido por médicos que se defendiam no ‘portunhol’. Não averiguei, e fiquei constrangido em perguntar sobre a ‘revalidação do diploma de medicina’ ao médico, confio [como todo e qualquer brasileiro] que alguém esteja cuidando dessa parte como o CRM/AM (Conselho Regional de Medicina do Amazonas) foi meio difícil e complicado nosso diálogo.
Já ouvi relatos de pacientes, das cidades mais distantes de Manaus, quando os médicos aparecem dão o diagnostico e medicamentos e mesmo assim os pacientes queixam-se de não terem entendido o que esses médicos disseram e acabam não fazendo o tratamento.
Não sou contra a vinda de outros profissionais para atuarem na área de saúde, sou contra a essa imposição e do destino desses profissionais escolhidos, porque Cuba? Por que outros países ainda não fizeram o mesmo? Pesquise no site da Embaixada do Canadá e veja quais tipos profissionais o Canadá está de portas abertas a receber e a dar incentivos.
Acredito que temos outros meios para resolver esse tipo de questão, a começar por nossas Universidades Federais, que tal profissionais formados em medicina atuarem por dois anos nessas mesmas área, seria como um ‘pagamento simbólico’ pelos cinco anos estudando em Universidades Publicas, isso sim desenvolveria um espírito cívico e comunitário dessas fábricas de médicos brasileiro. O que é conquistado com esforço tem sabor diferente do que recebemos sem sacrifício, tudo isso nos torna mais humanos, solidários…
De que adiantam colocar um médico em uma região onde muitas vezes não se usam os meios de transportes ABC (Avião… Barco e Canoa), só andando e andando muito, escrevo não porque alguém me contou, escrevo pois já o fiz. Alguém me contou e eu fui atrás saber se era verdade. Chorei quando descobri que não estavam mentindo. Há diversos concursos e tipos de contratações que pagam mais de vinte mil reais [Aqui no Amazonas] e não aparece um único candidato, ninguém quer perder a vida, pois é o que vai acontecer quando um médico sozinho em uma comunidade ribeirinha ou em uma aldeia indígena não tiver meios, aparelhagem e medicamentos para realizar o mais simples atendimento, não vai haver dialogo.
Por muitas vezes no mais claro português não tem entendimento, imaginem alguém falando ou tentando se expressar em outro idioma. Poderia me alongar e trazer mais dados sobre outros países e suas maneiras de formação para profissionais na área de saúde. Talvez mais alguns dias eu volte a escrever sobre isso.
No momento quero deixar registrado o nosso apoio e agradecimento as Forças Armadas, em especial a Aeronáutica pelo excelente trabalho e dedicação para com nossos ribeirinhos, vocês sim são nossos heróis. Mas lembrem-se também, de seus familiares das dificuldades que tem sido sobreviver há mais de uma década sem um aumento salarial significativo para desenvolverem com dignidade suas funções e poder sair e retornar de seus lares tranquilos, pois sabem que há uma família (esposas e filhos) que também passam por necessidades que a sociedade brasileira desconhece.
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