A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 aprovou no dia 10 de junho, uma série de requerimentos que pediam a transferência do sigilo telefônico e telemático de alvos da investigação. Também foram aprovadas as transferências de sigilo bancário e fiscal de empresas de publicidade.
A transferência do sigilo telefônico inclui o registro e a duração de todas as ligações feitas e recebidas conforme período delimitado pelos senadores.
Já a transferência do sigilo telemático solicita o envio de uma série de informações, entre elas cópias do conteúdo armazenado, lista de contatos, cópia de e-mails e localizações de acesso à conta.
Entre os que tiveram o sigilo quebrado estão o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, o empresário bilionário Carlos Wizard, a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fontana Fantinato, e o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Marques, apontado como autor de uma nota falsa sobre a quantidade de óbitos por Covid-19.
A CPI da Pandemia volta na próxima semana de olho em Eduardo Pazuello. Senadores identificaram uma movimentação atípica no sigilo bancário do general.
Já como ministro, em junho de 2020, ele recebeu R$ 104.300,00 reais. Pode não ser nada, mas a CPI vai cobrar Pazuello e vasculhar a origem de cada centavo.
Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do ex-ministro da Saúde. O objetivo é obter respostas sobre a conduta do ex-ministro nos dez meses em que esteve à frente do ministério, em pontos como postura governamental, isolamento social, vacinação, colapso em Manaus e omissão de dados.
À mesa, ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado