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11 anos atrásno
O nome “cururu” é originário da língua tupi, onde kuru’ru é a designação popular dada aos grandes sapos do gênero Rhinella. No Brasil, também é conhecido como sapo-jururu , xué-guaçu , xué-açu , aguá e sapo-gigante .
O sapo cururu também recebe outros nomes como sapo-boi ou cururu. Ele é um sapo nativo das Américas Central e do Sul.
É um animal fértil devido ao grande número de ovos postos pelas fêmeas. Seu sucesso reprodutivo deve-se também, em parte, à variedade de alimentos que podem constituir a sua dieta, incomum entre os anuros, e que tanto inclui materiais vivos como mortos. Em geral, os adultos atingem de 10 a 15 centímetros de comprimento. O maior exemplar da espécie de que se tem notícia media 38 centímetros do focinho à cloaca e pesava 2,65 quilogramas.
O sapo-cururu possui grandes glândulas de veneno. Tanto os adultos como os girinos são altamente tóxicos quando ingeridos. Por causa do apetite voraz, foi introduzido em várias regiões do Oceano Pacífico e dos arquipélagos caribenhos como método de controle biológico de pragas, nomeadamente na Austrália, em 1935.
Em inglês é conhecido como Cane Toad e, em espanhol, como Sapo de Caña (“sapo-da-cana” em ambas as línguas) por ter sido comumente usado no controle de pragas da cana-de-açúcar. Atualmente, é considerado uma praga em muitas das regiões onde foi introduzido, pois sua pele tóxica mata muitos predadores nativos quando ingerido, além de afetar animais domésticos e de estimação que os comem.
Ilustração de um cururu, na Historia Naturalis Brasiliae, de Guilherme Piso.
Há várias histórias sobre a periculosidade do sapo-cururu no Brasil, como as de que afirmam que pode esguichar veneno, podendo atingir os olhos e causar cegueira e até a morte, de que sua urina é tóxica e de que o contato do veneno com a pele pode provocar o aparecimento de verrugas. . Guilherme Piso, em 1648, já falava, na obra Historia Naturalis Brasiliae, sobre a periculosidade do cururu, “muito conhecido e que inficiona de qualquer modo: ou externamente, pela urina ou pela saliva, o que é muito pior, ingerindo-se-lhe o sangue e sobretudo o fel.” Essas crenças, entretanto, não têm embasamento científico.
Apesar da toxicidade do animal, só há intoxicação através do contato direto do veneno com mucosas ou ferimentos. Já que o sapo-cururu não conta com nenhum órgão capaz de inocular o veneno na vítima, só há o contato apertando-o de forma que as glândulas expilam o veneno. Há também histórias correntes no país de que sapos eram usados por feiticeiros para fabricar um pó que era misturado aos alimentos, causando a morte.
Ainda no Brasil há uma canção de ninar que fala deste animal e é bastante difundida em todo o país, estando presente em muitas obras infantis.40 Uma das variantes dessa canção (domínio público) diz:
Sapo-cururu,
da beira do rio
quando o sapo canta, menina
é porque tem frio.
Os Raimundos usam uma versão desta canção como introdução de Língua Presa, do álbum Só no Forévis.
Na Austrália, a introdução e migração do sapo-cururu se popularizaram com o documentário Cane toads: An Unnatural History (1988), que relata a história com um viés humorístico, tendo sido muitas vezes exibido em cursos de ciência ambiental. Don Spencer, um popular ator infantil, canta a canção Warts ‘n’ All, que foi usado no dumentário.
O sapo-cururu foi listado pela National Trust of Queensland como um ícone do estado de Queensland, junto com a Grande Barreira de Coral e ícones antigos, como o Royal Flying Doctor Service e a mangueira (uma espécie também introduzida).
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