O governo dos Estados Unidos está cogitando exigir senhas de acesso às redes sociais dos cidadãos dos sete países citados no decreto anti-imigração do presidente Donald Trump. Em audiência no Congresso, o secretário de Segurança Nacional, John Kelly, comentou que a medida pode ser parte do plano para reforçar o controle sobre refugiados e estrangeiros.
Kelly comentou que o governo tem pensado em outros planos, enquanto a Justiça americana analisa a ordem executiva de Trump. No dia 27 de janeiro, o presidente decidiu vetar a entrada, por 90 dias, de estrangeiros do Iraque, Síria, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.
De acordo com o secretário, a medida seria uma forma de coletar informações sobre imigrantes que oferecem perigo aos Estados Unidos, que podem não estar disponíveis publicamente. O secretário ressaltou que a análise das redes é uma possibilidade que ainda está sendo discutida, junto a outros mecanismos de segurança. “Eu francamente não acho que seja o suficiente e o presidente Trump também não acha. Temos que, talvez, adicionar algumas camadas de segurança”, disse.
Pedir senhas a imigrantes e turistas não é uma ideia inovadora da gestão de Trump. Segundo a emissora NBC, o Departamento de Segurança Nacional já avaliou a medida durante a administração de Barack Obama, mas não chegou a adotar a política. O governo começou a pedir que turistas informem voluntariamente o endereço de seus perfis públicos nas redes, informou o site Politico. A opção aparece nos formulários preenchidos por visitantes dos 38 países que têm isenção de visto de turismo para os Estados Unidos. O campo, porém, não é obrigatório.
“Pode demorar um mês, ou algum tempo, para analisarmos, mas se não quiserem nos dar as informações, então não entram”, afirmou o secretário de Segurança Nacional, John Kelly.