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Manaus, AM, quinta, 21 de novembro de 2024

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Pescadores do Careiro querem liberação imediata da caça aos jacarés

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O pedido de manejo foi assinado pela Colônia de Pescadores do Careiro da Várzea (z-53) e encaminhado nesta quarta-feira (21) ao prefeito do município, Ramiro Gonçalves.

Um exemplar macho de jacaré-açu (Melanosuchus niger) com 3,92 metros de comprimento e cerca de 300 quilos / Divulgação

Um exemplar macho de jacaré-açu (Melanosuchus niger) com 3,92 metros de comprimento e cerca de 300 quilos / Divulgação

Os pescadores reclamam que devido a proibição da caça, o número de jacarés cresceu sem controle nos lagos, igarapés e igapós do Careiro da Várzea. “Hoje temos à solta uma super população de jacarés, causando risco de acidades, e até mortes, envolvendo pescadores”, afirmou o vereador e também presidente da Colônia dos Pescadores do Careiro da Várzea, Valdemiro Falcão.

Na tentativa de resolver o problema, a prefeitura do Careiro, junto com a Colônia dos Pescadores, anunciou que irá contratar uma equipe de biólogos com experiência no estudo de répteis.

“Convidamos os biólogos para produzir um estudo técnico que confirme a necessidade do manejo dos jacarés”, explicou o prefeito Ramiro Gonçalves. “O estudo será encaminhado aos órgãos de proteção ambiental a fim de conseguirmos a licença para o manejo”, acrescentou.

Em 2001, a prefeitura do Careiro da Várzea criou, por meio de decreto municipal, uma área de proteção ambiental (APA) que abrange as localidades Ilha do Careiro e Lago dos Reis.

Na área ficou proibida a caça e pesca, o que segundo os pescadores, contribuiu para o crescimento descontrolado da população de jacarés. “A área serviu como berçário de jacarés, que tinham espaço, proteção e alimento à vontade para procriar”, lembra o vereador Valdemiro.

“Os répteis cresceram e migraram para outras áreas do município, principalmente aquelas ontem trabalham os pescadores”, ressalta.

De acordo com a Colônia dos Pescadores do Careiro, existem no município cerca de dois mil trabalhadores da pesca. Devido o contado quase diário com os répteis, os acidentes têm se tornados frequentes.

Em novembro de 2015, um pescador morreu após ser foi atacado por um jacaré-açu. O caso foi denunciado aos órgãos de proteção ambiental, alertando para o crescimento descontrolado do número de jacarés. “Até agora nada foi feito. Os répteis continuam se reproduzindo e invadindo áreas ontem trabalham dos pescadores”, criticou o vereador Valdemiro.

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