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12 meses atrásno
Ainda minoria dentro dos consultórios, os homens costumam ser mais resistentes à terapia. Isso porque o autocuidado e, principalmente, questões referentes à saúde mental ainda são tabu no universo masculino.
“Essa situação é resultado de uma construção cultural sobre a masculinidade que propaga uma série de preconceitos sobre o que um homem deve ou não fazer, excluindo qualquer tema relacionado a fragilidades”, explica Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT. “Inclusive, a cultura machista causa sofrimento para muitos homens, que não conseguem lidar com esta pressão da sociedade”, comenta o especialista.
“Apegados a esses valores equivocados, eles acreditam que expor sentimentos e procurar ajuda é um sinal de fraqueza”, diz Colombini. “Além disso, quando o assunto é saúde mental, o estigma é ainda maior, sendo comum problemas como a depressão e a ansiedade serem encarados como frescura”, ressalta.
O especialista alerta que, para o público masculino, a necessidade de iniciar um processo terapêutico é bastante recomendável, uma vez que, algumas vezes, emoções mal compreendidas podem acarretar questões mais graves, que precisam ser resolvidas. “A terapia é um meio eficaz de as pessoas conseguirem quebrar paradigmas ultrapassados sobre masculinidade, acolhendo novas ideias e pontos de vista sobre si mesmos”, afirma o psicólogo.
O processo de autoconhecimento que a terapia oferece também ajuda os homens a compreenderem que se trata de preconceito enxergar o mundo e o sexo masculino sob uma ótica machista, combatendo, assim, a masculinidade tóxica.
Para mudar essa forma de pensar, o apoio de uma rede de suporte é essencial para auxiliar os homens a revelarem seus próprios sentimentos. “É preciso perceber que buscar ajuda é uma demonstração de coragem e jamais pode ser visto como sinal de fraqueza”, afirma o especialista. “Além disso, é fundamental desconstruir essa noção errada de masculinidade, ensinando os homens a lidar melhor com suas emoções”, conclui o CEO da Equipe AT.
Psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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