Publicado
1 ano atrásno
Por
Jussara Melo
Tapioca e beiju são dois alimentos tradicionais muito apreciados na região norte do Brasil, especialmente nos estados do Amazonas, Amapá, Pará e Roraima. Ambos têm como base o amido da mandioca (ou macaxeira), porém, as características, preparo e formas de consumo são distintos, o que resulta em sabores e texturas únicos.
Aqui vamos explorar a diferença entre a tapioca e o beiju, destacando suas particularidades e o padrão cultural na região norte.
A tapioca, conhecida também como goma, é um alimento que se popularizou em todo o país, sendo apreciada não apenas no norte, mas também em outras regiões brasileiras. Sua preparação começa com o processo de garantia do amido da mandioca, que é obtido a partir da raspagem e espremedura das raízes da planta. O resultado é uma farinha fina e branca, conhecida como polvilho ou goma. Esta farinha é um ingrediente versátil e sem sabor, que pode ser usado para diversas finalidades culinárias.
Para fazer a tapioca, a goma é peneirada e espalhada em uma frigideira quente, formando uma camada fina e uniforme. A tapioca é cozida apenas com o calor da frigideira e não requer o uso de óleo ou qualquer outra gordura. Com o calor, a goma se aglutina e forma uma massa que é facilmente dobrada ou enrolada.
Uma das principais características da tapioca é a sua versatilidade. Ela pode ser consumida como uma refeição salgada ou doce, dependendo do recheio utilizado. Nas regiões do norte do Brasil, é comum encontrar tapiocas recheadas com queijo coalho, tucumã, banana-frita, coco, carne de sol, frango desfiado, chocolate, entre muitos outros ingredientes. A variedade de recheios permite que a tapioca agrade a diferentes paladares e ocasiões.
Já o beiju, embora também seja feito a partir do amido da mandioca, tem uma preparação e sabor diferente da tapioca. O beiju é mais tradicional nas regiões norte e nordeste do Brasil, sendo um alimento típico e valorizado pela sua simplicidade e garantia.
O processo de preparação do beiju começa com a obtenção do polvilho azedo, que é feito através da fermentação da mandioca ralada e espremida. Essa fermentação permite que o polvilho desenvolva um sabor levemente azedo e um aroma característico. O polvilho azedo é, então, peneirado e espalhado em uma frigideira quente, formando uma massa mais densa do que a da tapioca.
Diferente da tapioca, o beiju não é enrolado ou dobrado. Ele é assado em uma peça única, gerado em uma espécie de disco crocante e saboroso. O beiju tem uma textura mais rígida e quebradiça, o que o torna diferente da maciez característica da tapioca.
No consumo tradicional, o beiju é consumido sem recheio, apreciando apenas o sabor do polvilho azedo. No entanto, ele também pode ser encontrado com recheios variados, como queijo coalho, manteiga de garrafa, coco ralado, entre outros.
Além das diferenças no preparo e sabor, é importante ressaltar a importância cultural e histórica da tapioca e do beiju na região norte do Brasil. Esses alimentos estão profundamente enraizados nas tradições culinárias dos povos indígenas e comunidades locais. A mandioca, base para ambos, é uma planta nativa da América do Sul e tem grande símbolo na cultura alimentar dessas regiões.
Tanto a tapioca quanto o beiju representam não apenas alimentos saborosos, mas também símbolos culturais que contam a história da gastronomia regional. Através de gerações, esses alimentos têm sido transmitidos como herança cultural, mantendo viva a tradição e a identidade das comunidades do norte do Brasil.
Em resumo, a tapioca e o beiju são dois alimentos típicos do norte do Brasil que mantêm o mesmo ingrediente base, o amido da mandioca, mas possuem características únicas em relação ao preparo, sabor e forma de consumo. A tapioca é mais versátil, podendo ser recheada com diversos ingredientes, enquanto o beiju é valorizado pelo seu sabor levemente azedo e pela tradição de ser apreciado sem recheios. Ambos têm papel fundamental na rica e diversificaram a cultura alimentar do norte do Brasil, representando muito mais do que apenas uma refeição, mas uma conexão com a história e identidade dessas regiões.
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