Enquanto faziam Stand Up Paddle (SUP), um casal de turistas tem uma surpresa. Uma “manada” ou “cardume” ou um “cardume de manada ” de peixes bois.
O peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis) é o menor dos peixes-bois existentes no mundo. Alcança 2,8 a 3,0 m de comprimento e pode pesar até 450 kg. Seu couro cinza escuro é extremante grosso e resistente.
A maioria dos indivíduos tem uma mancha branca na região ventral. Esta característica, juntamente com a ausência de unhas nas nadadeiras peitorais, ajuda a distingui-lo do peixe-boi marinho e do africano.
Essa espécie é também, a única que ocorre exclusivamente em água doce, podendo ser encontrada em todos os rios da bacia Amazônica. Alimenta-se essencialmente de plantas aquáticas e semi-aquáticas, e chega a consumir mais de 8% do seu peso corporal em alimento por dia.
Seu metabolismo é de apenas 36% daquele previsto para um mamífero placentário do mesmo porte. Isto o permite permanecer mais de 20 minutos em baixo da água, sem respirar. A fêmea de peixe-boi produz em geral, apenas um filhote a cada gestação e este filhote pode mamar por mais de dois anos.
Casal Surpreendido por peixes-bois
No passado, os peixes-bois foram muito caçados pela sua carne e couro. Hoje a caça, embora ilegal, é ainda feita principalmente pelas populações ribeirinhas, para o consumo da carne. Além da caça, as principais ameaças ao peixe-boi são a destruição e a degradação do habitat, incluindo a liberação de mercúrio e agrotóxicos nos rios.
Represas hidrelétricas atuam como barreiras e isolam populações, limitando a variabilidade genética da espécie. Frequentemente filhotes são acidentalmente capturados em redes de pesca e alguns resgatados pelo IBAMA e órgãos ambientais.
O peixe-boi da Amazônia está classificado como espécie “vulnerável” pela UICN (2000).
Para que mais espetáculos como esse abaixo aconteça, é extremamente necessários que preservemos a espécie.