O jornalista americano Grant Wahl morreu, aos 49 anos, enquanto cobria a partida entre Holanda e Argentina, nesta sexta, pelas quartas de final da Copa do Mundo.
Ele passou mal nas tribunas do estádio Lusail durante o jogo, foi atendido no local por cerca de 20 minutos, recebeu massagem cardíaca e foi retirado de lá por uma maca para ir ao hospital. No entanto, não resistiu.
No último episódio de seu podcast, Grant Wahl mencionou que foi a uma clínica em Doha para tratar o que ele imaginava ser uma bronquite.
O jornalista americano foi barrado em um estádio da Copa do Mundo no Catar por vestir uma camisa com um arco-íris na estampa no fim de novembro. Durante a fase de grupos, o repórter da CBS relatou como ficou “detido” em uma tenda por 30 minutos, com os seguranças o demandando que tirasse a peça de roupa, para que pudesse entrar no Ahmad bin Ali Stadium, em Al Rayyan, antes do jogo entre Estados Unidos e País de Gales.
O Twitter oficial da seleção dos Estados Unidos postou uma declaração lamentando a morte do jornalistas. No comunicado, a entidade declarou estar de coração partidos pelo acontecido e destacou que a “a crença de Grant no poder do futebol para promover os direitos humanos foi e continuará sendo uma inspiração para todos”.
A mulher de Grant Wahl, Celine Gounder, médica infectologista, se manifestou nas redes sociais.
– Muito agradecida pelo apoio da família do futebol e de muitos amigos que nos abordaram hoje à noite. Estou completamente em choque – escreveu Celine.
O Los Angeles Galaxy, clube da MLS (liga de futebol dos EUA), também manifestou condolências.
Em uma rede social, Eric Wahl, irmão de Grant, afirmou que o jornalista não tinha problemas de saúde e relatou ameaças de morte ao profissional depois do episódio em que foi barrado. Eric, acredita que pode ter havido “jogo sujo” ou negligência, isso porque, antes da partida, o jornalista chegou a ser detido por cerca de 30 minutos, após usar uma camisa com as cores do arco-íris, em protesto contra o preconceito com a comunidade LGBTQIAP+ no país. Ele foi liberado para entrar no estádio após um tempo.
– Meu irmão estava saudável, ele me disse que recebeu ameaças de morte. Eu não acho que ele morreu (naturalmente), acho que ele foi morto.