Nesta manhã (30), a política nacional deu mais uma modificada após o Presidente Bolsonaro se filiar ao PL, o mesmo partido que o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos. Dessa forma, Marcelo disse que sua presença no partido fica insustentável e que deverá seguir novos rumos.
Ao UOL, o deputado amazonense cogitou o seu retorno ao PSB, do deputado estadual Serafim Corrêa; a filiação ao PSD, do senador Omar Aziz; ou o ingresso no Republicanos, de Silas Câmara.
“Só falarei sobre o que farei após a filiação (Bolsonaro) amanhã. Hoje é dia de festa do PL e eu respeitarei isso”, disse ao BNC Amazonas.
“Torna incompatível a minha presença no partido. Muito difícil a minha permanência”, admitiu o deputado amazonense.
De acordo com ele, a legenda também vai perder integrantes fiéis e sairá com uma bancada menos disciplinada.
O ex-superintendente da Suframa coronel Alfredo Menezes, que deixará o Patriota do Amazonas para disputar uma vaga ao Senado pelo PL, deixou claro que Ramos não terá espaço na legenda no estado.
“Vamos nos filiar ao PL e seremos candidatos pelo partido. Esperamos tirar as imundícies do partido, tirar as imundícies que precisam ser limpas. Com certeza, quem não for Bolsonaro vai ser convidado a sair creio eu”, declarou o bolsonarista.
“Digo nada. Tenho mais o que fazer que bater boca nesse nível”, respondeu Ramos.
Marcelo Ramos
Baixas
Além de Ramos, devem deixar a sigla mais quatro nomes na Câmara dos Deputados.
São eles: os deputados Junior Mano (CE), aliado dos irmãos Ciro e Cid Gomes (PDT); Fabio Abreu (PI), aliado do governador Wellington Dias (PT); Sergio Toledo (AL), que já foi do PSB e PDT; e Cristiano Vale (PA), aliado do governador Helder Barbalho (MDB).
Para frear as baixas nos estados, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, vai usar a decisão tirada na reunião do último dia 17 com os dirigentes regionais, segundo a qual ele tem carta branca para decidir sobre a sucessão presidencial e nos estados.
Filiação
Na filiação do presidente Bolsonaro nesta terça na capital, no Complexo Brasil 21, ingressaram no partido junto ele o filho 01, senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni.
No seu discurso, o presidente fez crítica veladas ao Supremo Tribunal Federal (STF): “Alguns extrapolam aqui na região, na Praça dos Três Poderes. Mas essa pessoa vai ser enquadrada, vai se enquadrando, vai vendo que a maioria somos nós. Nós aqui, que temos votos, em especial, é que devemos conduzir o destino da nossa nação.”