Publicado
5 anos atrásno
Ana Maria Oliveira de Souza
João Augusto Cordeiro Ramos
O Brasil exportou em 2019 o montante de US$ 225,3 bilhões. A China representou 28,1% dos destinos das exportações brasileiras e os EUA 13,2%, seguido dos Países Baixos com 4,49% e Argentina 4,34%.
Na principal pauta de produtos exportados estão os agropecuários e indústria extrativa (soja 12%; óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus 11%; minério de ferro 10% e milho não moído com 3,2%).
No caso do Amazonas, as exportações em 2019 totalizaram US$ 731,1 milhões, participando com 0,3% das exportações nacionais. A China é o 5º maior mercado consumidor de produtos do Amazonas (Colômbia 15%; Argentina 14%, Venezuela 11%, Bolívia 11%), o que equivale a aproximadamente US$ 57 milhões/ano de compras. De outro modo, a China é responsável por 37% do abastecimento de insumos para as indústrias no Amazonas, seguido dos EUA com 12%.
Voltando ao tema das exportações, observa-se que as exportações estão substancialmente concentradas na Industria de Transformação (outros produtos comestíveis e preparações 27%; motocicletas, bicicletas motorizadas ou não motorizadas e veículos para pessoas com deficiência, 12%). Diferentemente, do perfil exportador do Brasil.
Pelos números apresentados acima, devidamente fundamentados com as fontes de pesquisa logo abaixo, infere-se, naturalmente, que movimentações socioeconômicas no mercado Chinês provoquem impactos diretos sobre a economia nacional e, em particular na ZFM. Notadamente, de forma mais abrupta quanto a aquisição de insumos para a Indústria de Transformação da Zona Franca de Manaus, que por conseqüência industrializa e remete ao restante do país.
No cenário posto da pandemia COVID-19, o Centro de Macroeconomia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas-FGV, trabalhou alguns estudos econométricos, criando panoramas para a economia brasileira, que por conseguinte vão reverberar sobre a produção da ZFM. Foram estimados 3 (três) cenários: O primeiro, com crescimento 0,0% do PIB em 2020 e podendo chegar a queda de 2,5% num segundo cenário e um terceiro, com queda de até 4,4% na produção interna brasileira. O fato é que as movimentações e oscilações econômicas serão sentidas nos meses de abril a junho do 2020, ou seja, o primeiro semestre de 2020 servirá de termômetro para a demanda dos bens finais da ZFM para o segundo semestre.
A melhor maneira de mitigar os efeitos do contágio econômico interno é não parar a economia de base de bens finais. Garantir os salários e remunerações, entre elas a aposentaria e o adiantamento do 13º dos pensionistas, para manutenção da demanda por bens finais, é uma das melhores alternativas de se manter aquecido o consumo interno.
Quadro 1- Exportações Brasileiras em 2019.
Quadro 2 – Visão Geral dos Produtos Exportados – Brasil (2019)
Quadro 3 – Exportações do Amazonas em 2019
Quadro 4 – Destino das Exportações do Amazonas em 2019
Quadro 5 – Origem da Importações para o Amazonas em 2019
Quadro 6 – Principais produtos exportados pelo Amazonas – 2019
Escrito por
¹- Possui Mestrado em Desenvolvimento Regional, Especialização em Direito Público e Comércio Exterior. Graduação em Ciências Econômicas e Direito. Atualmente exerce a função de Coordenadora Geral de Estudos Econômicos e Empresariais da SUFRAMA, com atuação na área de estudos tributários e econômicos de incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, Amazônia Ocidental e Áreas de Livre Comércio. E-mail: amodesouza@gmail.com.
²- Possui Especialização em Direito Público, Atualmente exerce a função de assessor parlamentar, é advogado militante. E-mail: ramosjoao.adv@gmail.com
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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