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3 anos atrásno
Na última semana o noticiário de que um morador de rua havia transado com uma missionária casada ganhou os holofotes e desde então muita coisa rolou. Primeiro pelo áudio da mulher, que disse ter visto na figura do morador de rua ora a imagem do seu marido, ora a imagem de Jesus, mostrando total descontrole psicológico e assim, não se importou em ter relações sexuais com o mendigo em seu próprio carro.
O marido da vítima, disse que a esposa estava em surto e que acabou sendo estuprada pelo morador de rua que se aproveitou da situação. Ele na sua entrevista disse que não terminaria o relacionamento porque estava certo que a sua amada passava por uma crise no momento e que em são consciência jamais faria isso. Assim, resolveu interná-la para que ela fosse acompanhada por médicos especialistas.
O mendigo passou a dar entrevistas se mostrando ser o Dom Juan da situação, e mesmo apanhando violentamente do marido da Missionária Sandra, negou. Disse que ele foi pra trocação e que o cara desistiu da luta. Negou também jamais ter estado em um carro branco. Sendo que toda a cena foi registrada por câmeras de segurança e desde o início da ação, mostra que o carro da Sandra era um Sandero Branco.
A partir de então, ele começou a ficar famoso por ser muito bem articulado os seus pensamentos e um vocabulário rico e poético. Isso fez ele ganhar “fãs” e ponto de ter mulheres tirando foto com ele e ele ter passeado de carrão de luxo na cidade de Planaltina – DF.
Nesta segunda, porém, começou a circular nas redes sociais o passado do empresário Givaldo Alves, hoje morador de rua! Aliás, em uma das entrevistas ele até diz que está na rua porque quer. Que é uma opção dele estar vagando na rua e comendo em casas de apoio.
Na verdade, ao que tudo indica, é que o baiano Givaldo Alves de Souza possui 105 processos contra ele na época em que ele era empresário no ramo de transporte, e que sua vida como morador de rua começou a mais ou menos 3 anos, após ele perder tudo e ficar com o nome sujo devendo Deus e o mundo, até mesmo a justiça.
A outra teoria apontada é que ele talvez seja laranja de alguém, pois é algo que acontece frequentemente no Brasil, e isso explicaria ele andar na pinta, mas que de alguma forma, não soube se organizar financeiramente e agora, na rua, só está pagando , pelo que ele fez.
“Estão dando moral para um mendigo? Calma aí que o cara não é só um mendigo não, meus amigos!
Givaldo Alves de Souza tem uma grande lista de processos, são mais de 100!
Entre eles temos Medida Protetiva contra a Ex-mulher, Execução de Penhora de Prefeituras e de Ex-funcionários de sua falida empresa!
Isso mesmo, o cara é ex-empresário no ramo de transporte!
Em alguns autos dos processos, temos acusações de estelionato e golpes!
Vocês não acharam estranho um mendigo falar tão bem assim? Pois é meus amigos, o cara tá na carreira de mendigo há mais ou menos 3 anos. Não é pra menos, a justiça levou o que sobrou!!!
Pra mim, é o verdadeiro 171, Malandro! Digno de pena da surra? Jamais!
Vai ganhar mais um processo nas costas e perder o pouquinho de grana que ganhou com a fama!
E ainda estou vendo mulheres dizerq ue ele é o cara! Que precisa de mais homens assim!!”
Confira algumas imagens que comprovam a teoria acima e que está circulando nos grupos de Whatsapp
Ainda na tarde de hoje (28), o site Boatos.Org fez uma análise das informações que estão circulando e apontou que tratam-se de dois “Givaldo Alves de Souza“. Um seria o empresário e o outro seria o mendigo.
De acordo com o site, a resposta está em um simples cruzamento de dados contido nas fontes citadas. Por meio do CNPJ da empresa G Frigo Transportadora de Cargas LTDA, conseguiram chegar, por meio de buscas em site públicos, ao CPF do Givaldo empresário. Ao fazer mais alguns cruzamentos de dados, descobriram que o CPF encontrado, de fato, era citado em alguns dos processos.
A partir daí, pediram uma ajuda ao site Metrópoles, site que tem feito uma cobertura intensa do caso. Por meio do Boletim de Ocorrência obtido com eles, chegaram a uma informação: o CPF do “Givaldo mendigo” não é o mesmo do “Givaldo empresário”.
Vale apontar que, ao colocar, o CPF do Givaldo envolvido no caso no Distrito Federal, não encontraram nenhuma empresa em nome dele e nenhum processo judicial contra o mesmo. O máximo que encontramos foi uma participação em um concurso público na cidade de Peruíbe (SP) para Agente de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde. A informação bate com essa matéria, que aponta que ele morou lá por um período.
Com isso, sugeriram que a história teria começado a partir de alguém que pegou o nome de Givaldo Alves de Souza, jogou no Google e achou os processos e a empresa. Sem checar mais detalhes, espalhou a história, que acabou comprada por aí.
O site Boatos.org não analisou as fotos de Givaldo Alves de Souza antigamente.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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