Saiu na noite da última sexta-feira (12), o laudo da causa da morte da cantora Marília Mendonça e ddas outras quatro pessoas em um acidente aéreo em Piedade de Caratinga, na região do Rio Doce, no dia 5 de novembro. De acordo com as informações, elas teriam sido vítimas de “politraumatismo contuso”. Isso quer dizer que houve múltiplas lesões em órgãos vitais, um indicativo de que as mortes aconteceram instantaneamente após a queda da aeronave.
De acordo com a Polícia Civil, o politraumatismo é consequência da queda do avião. As vítimas podem ter sofrido várias lesões graves quando houve o acidente com a aeronave, que seguia para Caratinga, onde a artista faria um show.
No entanto, a instituição ainda aguarda a finalização dos laudos para “concluir eventuais outras condições que possam ter contribuído com os óbitos”. As amostras do material genético de Marília Mendonça e dos outros mortos chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) Dr. André Roquette, em Belo Horizonte, no último domingo.
Além da cantora de 26 anos, estavam na aeronave o assessor e tio da artista, Abicieli Silveira Dias Filho, o produtor dela, Henrique Bahia, o piloto Geraldo Medeiros Júnior, e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.
Exames de maior complexidade foram enviados para o IML de Belo Horizonte, que tem mais recursos disponíveis. Para lá seguiram pedidos de análises cardíacas e neurológicas do piloto, Geraldo Medeiros, e do copiloto, Tarciso Pessoa Viana. O médico explica que isso é um procedimento padrão nesse tipo de caso, de morte por causa violenta. Também é obrigatória a solicitação de exames toxicológicos.
— É preciso descartar ou confirmar, por exemplo, se o piloto ou o copiloto passaram mal durante o voo, se tiveram ou não um mal súbito. Todo tipo de detalhe precisa ser analisado — ressalta.
O médico conta que a elaboração do laudo foi relativamente simples e que nada de anormal chamou sua atenção. Ele garante que na análise não encontrou qualquer indício de efeitos de uma possível descarga elétrica — uma das hipóteses levantadas pelas autoridades que investigam o acidente é que uma das hélices do bimotor se chocou com um cabo de uma torre da empresa de energia Cemig.
— Normalmente em casos de choque há queimaduras e não havia esse tipo de lesão — contou ele.
O laudo assinado por Coelho será uma das peças do inquérito que investiga as causas do acidente e ficará à disposição das famílias e da Justiça.
Saiu o laudo da causa das mortes da cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas!