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Manaus, AM, Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024

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Bloqueio com barreira fluvial impede proliferação do novo coronavírus em terra indígena Sateré-Mawé

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Barreirinha (distante 331 km de Manaus) possui em seu território mais de 80 aldeias com população estimada em 13,3 mil indigenas etnia sateré-mawé. O município, em seu território urbano computa altos números de contaminados pelo novo coronavírus e até agora nenhum caso de covid-19 foi registrado nas comunidades indígenas. Para as autoridades de saúde do município, este resultado positivo é reflexo do bloqueio feito há mais de 60 dias no acesso via fluvial da região indígena do Rio Andirá, o que tem impedido a proliferação do vírus.

A Prefeitura de Barreirinha, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde, Departamento de Assistência ao Índio, deslocou desde o dia 20 de março uma equipe com vigilantes e instalou uma barreira fluvial nas proximidades do Distrito de Ponta Alegre ( entrada da área indígena Mawé), com intuito de inibir a entrada e saída de embarcações, já que único meio para acessar as aldeias é através do rio Andirá.

Embarcações de portes variados são diariamente abordadas, os condutores e passageiros recebem orientações sobre como é contraído o vírus, além disso é submetida a aferição da temperatura com termômetro de testa. Cerca de 80% das embarcações foram bloqueadas por não haver justificativa para entrar ou deixar a região. 20% podiam fazer o curso fluvial normal em casos como: recebimento de benefícios sociais, aquisição de alimentos, medicamentos ou em casos de emergência médica. A partir do registro primeiro caso confirmado de Covid-19 em Barreirinha, a barreira sanitária impediu em 100% o trânsito de embarcações.

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Para o coordenador do Departamento de Assistência ao Índio (DAÍ), Jecinaldo Sateré, a grande preocupação da barreira é bloquear a ameaça vinda dos municípios vizinhos, onde a doença está mais avançada. “De acordo com especialistas da área sanitária se não houvesse essa barreira o povo indígena já teria contraído essa doença pela facilidade de locomoção aos municípios de Parintins e Barreirinha, onde cerca de 1 mil indígenas residem e circulam facilmente entre ambos polos. Com o apoio do Distrito Sanitário Especial Indígena de Parintins e a Funai, estamos sentindo um trabalho positivo em união com as ações do prefeito Glenio Seixas, não temos nenhum caso de Covid-19 nas aldeias Sateré-Mawé, graças a este empenho” , ressaltou.

Bloqueio com barreira fluvial impede proliferação do novo coronavírus em terra indígena Sateré-Mawé / Foto : Prefeitura de Barreirinha / Divulgação

Bloqueio com barreira fluvial impede proliferação do novo coronavírus em terra indígena Sateré-Mawé / Foto : Prefeitura de Barreirinha / Divulgação

Estratégias de abastecimento alimentar para as aldeias

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Com o impedimento no deslocamento dos indígenas para acessar serviços essenciais na sede municipal de Barreirinha, por exemplo, houve uma preocupação das lideranças locais com o abastecimento alimentar para mais de 2,8 mil famílias sateré-mawé. O costume dos indígenas sempre foi sair das aldeias e adquirir alimentos e outros itens a partir dos vencimentos adquiridos a partir de programas de distribuição de renda do Governo Federal, como o Bolsa Família, onde cerca de 936 famílias são atendidas por este benefício.

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Dentro das estratégias para não faltar alimentos na região indígena do rio Andirá, foi montado um esquema com os comerciantes que atuam nos polos principais. Uma embarcação é enviada a Barreirinha para realizar a compra de gêneros alimentícios, que são entregues no porto e passam por processo de desinfecção antes de chegar até as aldeias. “A vigilância sanitária ao chegar os produtos faz todo o processo de higienização da mercadoria e após isso é feito o embarque desses produtos. Os tripulantes da embarcação de transporte de mantimentos são impedidos de transitar na cidade, pois estes poderiam carregar o vírus até a área indígena. Ainda na barreira sanitária fluvial todos os produtos e pessoal passam por nova vistoria, desinfecção para poder adentrar ao território sateré-mawé” , explica o líder indígena, Herivelton Mawé.

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Além das medidas adotadas para evitar que os indígenas fossem infectados pela Covid-19, a Prefeitura de Barreirinha entra com uma fatia de investimentos para manter a população Mawé nas aldeias, não se deslocando até a cidade para adquirir itens básicos de sobrevivência. Cerca de 5 mil cestas básicas, adquiridas pela administração municipal devem ser direcionadas as famílias indígenas neste momento da pandemia. O educador indígena, Nasson Menezes, afirma que as ações voltadas para combater a pandemia é fundamental para garantir a saúde da população indígena de Barreirinha.

“Dentro da reserva indígena está sendo feito um trabalho utilizando a pedagogia e o diálogo em favor dos nossos ‘parentes’. O caminho agora é reforçar os direcionamentos da vigilância sanitária, utilizando da liderança dos professores, agentes indígenas de saúde e das demais lideranças para que todos obedeçam o isolamento social. Com energia positiva e proteção nossos heróis serão exaltados, estamos esperançosos pelos resultados do trabalho que está sendo feito pelas autoridades e lideranças indígenas do nosso rio Andirá para evitar perdas para esse vírus terrível” , comentou.

Bloqueio com barreira fluvial impede proliferação do novo coronavírus em terra indígena Sateré-Mawé / Foto : Prefeitura de Barreirinha / Divulgação

Bloqueio com barreira fluvial impede proliferação do novo coronavírus em terra indígena Sateré-Mawé / Foto : Prefeitura de Barreirinha / Divulgação

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Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.

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