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Manaus, AM, Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

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Família de João Alberto, morto no Carrefour, recusa 1ª proposta da loja por achar pouco o valor

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Em novembro do ano passado João Alberto Silveira Freitas, cliente negro, morreu no estacionamento do Carrefour de Porto Alegre após ser espancado por seguranças brancos. O crime levantou uma discussão em todo o país se teria sido crime de racismo ou apenas exagero da parte dos seguranças sem cunho racial. Acabou que os dois profissionais foram presos e outras quatro pessoas viraram rés pelo crime.

Fontes extra-oficiais revelaram que a família de João Alberto pediu na justiça ações indenizatórias de R$ 300 mi a Carrefour e Vector. O advogado da família Rafael Peter Fernando, porém, revelou o valor exigido do Carrefour pelo pai de João Alberto, Na primeira reunião, que não chegou em acordo, o pastor João Batista, 65, pai de João Alberto, recusou a oferta da rede francesa de pagar até R$ 500 mil numa ação por danos morais individuais.

“Os valores oferecidos pelo Carrefour baseiam-se na jurisprudência do STJ [Superior Tribunal de Justiça], muito aquém do que pretendemos, já que se trata de um caso sem precedentes no Brasil”, disse o advogado do pastor Peter.

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Por meio de nota, o Carrefour afirma que as tratativas para um acordo permanecem em andamento.

A defesa argumenta que a indenização não pode ser baseada por outros processos e que deve ter “caráter pedagógico” para a marca francesa —motivando a alteração nos procedimentos dos seguranças e evitar outras mortes parecidas.

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“A gente entende que o valor de R$ 300 mil, R$ 500 mil não tem caráter pedagógico quando se tem empresa do outro lado que no ano de 2020 teve lucro de R$ 2,7 bilhões. É aquele velha história: as pessoas só sentem a dor, quando sentem no bolso. Eu entendo que o valor de R$ 500 mil fica muito aquém do valor pedagógico porque não desestimula a empresa”, disse o advogado.

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Segundo Peter, antes da morte de João Alberto, ocorreram outras situações de violência na rede de supermercados e não houve mudanças. “Só houve uma nota do Carrefour lamentando o que aconteceu, que repudia veementemente. Mas isso continua acontecendo. Então, por isso que o valor tem que ser um pouco maior para servir de reprimenda”, afirmou.

João Alberto Silveira Freitas e família / Imagem: Arquivo pessoal

Viúva e enteada também aguardam acordo

Na semana passada, o Carrefour já havia se reunido com os advogados da viúva, Milena Borges Alves, 43. A defesa assinou um termo de confidencialidade e, por isso, poucos detalhes são informados à imprensa sobre os danos morais individuais à família.

Segundo o advogado Carlos Barata, houve avanços em relação ao acordo para a enteada de João Alberto, que é menor de idade. Por outro lado, a situação não se repete com a viúva, Milena Borges Alves, 43. “Está bem distante de um acordo com a Milena. Dá para dizer que é dez vezes menos do que a gente pediu”, disse.

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Para a definição da quantia em dinheiro — não revelada — os advogados de Milena também consideraram a excepcionalidade do caso. “Não existe hoje nenhum precedente no sistema jurídico brasileiro de uma mulher ver o seu marido sendo assassinado, asfixiado com o joelho no peito, pedindo ajuda, e ela sendo impedida de prestar socorro.”

Além de dinheiro, os advogados pediram uma pensão vitalícia para Milena. Segundo Barata, ela não tem saído de casa, mas tem recebido acompanhamento psicológico.

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Fora as ações individuais de danos morais, também há dois outros processos por danos coletivos, que pedem R$ 300 mil ao Carrefour e ao Grupo Vector, responsável pela segurança terceirizada do mercado em Porto Alegre.

João Alberto Silveira Freitas / Imagem: Arquivo pessoal

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