Publicado
7 meses atrásno
Por
Jussara Melo
Na última sexta-feira (26), uma policial militar viralizou nas redes sociais após dá-lhe um tapão na cara de uma mãe que havia espancado a filha de 11 anos. Nesta segunda-feira (29), a policial se pronunciou.
Identificada como Fabíola Aniely da Conceição, a policial militar que é do município de Vitória de Santo Arão (PE), se pronunciou por meio de vídeo divulgado em suas redes sociais.
No vídeo, repostado pela página “Fato Vitória”, que publica notícias locais, a policial militar afirma que falhou, mas que “atrás de uma farda existem seres humanos” e negou que tenha disponibilizado qualquer chave Pix com o objetivo de arrecadar dinheiro para pagar um advogado.
“A minha intenção nunca foi me promover em cima de ocorrência nenhuma. Tudo que eu faço é com amor e carinho. Amo minha profissão. Hoje a minha maior preocupação não é o engajamento nem a quantidade de xingamento que eu tô recebendo, não é se eu vou ser punida ou não. A minha principal preocupação é a saúde da criança, como ela tá, porque ela sofreu agressão física e principalmente psicológica”, diz Fabíola Aniely.
A policial afirma, ainda no pronunciamento, que não sofreu nenhum tipo de machismo dentro da corporação e que teve apoio “do início ao fim” de seus colegas de profissão que estavam no local da ocorrência, incluindo o oficial responsável durante aquele dia e o comandante do batalhão, bem como aqueles que estavam de folga. Ela ainda agradeceu o apoio da sociedade em geral, como advogados, políticos, psicólogos, além da própria família. Fabíola, entretanto, explica que, por fazer parte de uma instituição militar, existem vários procedimentos que são “de praxe”.
“Eu não sei se vou ser punida, porém, se for, eu vou cumprir porque estamos sujeitos a falhas. Eu falhei, porém, atrás de uma farda existem seres humanos. Enquanto o serviço de segurança pública for efetuado por pessoas e não for substituído por máquinas, robôs ou algo parecido, vão haver falhas. Por trás de uma farda existem pessoas, um homem, uma mulher e mãe”, finalizou a policial.
Em nota, a Polícia Militar (PM) diz que “para qualquer procedimento administrativo de avaliação da conduta policial, o prazo para a apuração dos fatos é de 30 dias, podendo ser prorrogado” e que “outras informações sobre o caso serão repassadas após a conclusão do referido procedimento”.
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