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Manaus, AM, Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

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Trancista faz cirurgia no útero mas acorda sem o braço

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Uma passista da Acadêmicos do Grande Rio se internou para retirar miomas no útero e teve alta dias depois com parte do braço esquerdo amputado. “Só lembro mesmo disso, de acordar em outro hospital sem o braço”, disse Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, que também é trancista.

A família de Alessandra disse que até agora, dois meses e meio depois dos procedimentos, nenhuma autoridade explicou a causa que levou à amputação — apenas foi dito que ela corria risco de necrose. A Secretaria Estadual de Saúde e a Polícia Civil do Rio de Janeiro investigam o caso.

Entenda o caso

Em agosto de 2022, Alessandra sentiu dores e teve sangramentos. Na ocasião, exames apontaram miomas no útero, e especialistas recomendaram a retirada imediata. Alessandra se prepara para a cirurgia e procura agendar o procedimento na rede pública.

Então, em 30 de janeiro, quase seis meses depois, Alessandra recebe uma ligação do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, convocando-a para a cirurgia.

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Na manhã do dia 3 de fevereiro, Alessandra se internou e foi operada e à noite os médicos detectam uma hemorragia. No dia 4 de fevereiro, o Hospital da Mulher avisa à família que terá de fazer em Alessandra uma histerectomia total, a retirada completa do útero.

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Os parentes de Alessandra foram visitá-la no dia 5 de fevereiro, mas ela estava intubada e, segundo eles, com as pontas dos dedos esquerdo escurecidas. Braços e pernas estavam enfaixados. Segundo a mãe, falaram que a paciente “estava com frio”.

Em 6 de fevereiro, a família é avisada de que Alessandra, ainda intubada, teria que ser transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), em Botafogo. Segundo parentes, o braço da passista estava praticamente preto. Um médico disse que iria drenar o braço, “que já estava começando a necrosar”.

No dia 10 de fevereiro, o Iecac informa que a drenagem não deu certo e que “ou era a vida de Alessandra, ou era o braço”, porque a necrose iria se alastrar. A família autoriza a amputação. A cirurgia é feita, mas o estado da mulher se agrava, com o rim e o fígado quase parando e com risco de uma infecção generalizada. “Ela subiu com os médicos apavorados para salvá-la, ou não ia sair dali viva. Chamaram a gente no canto: ‘Queríamos que vocês olhassem a mão dela. Ou tirava, ou ela ia morrer’”, lembrou a mãe, Ana Maria.

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Alessandra é extubada em 12 de fevereiro e no dia 15 de fevereiro ela recebeu alta.

Em 28 de fevereiro, Alessandra volta ao Iecac para a revisão da cirurgia de amputação. Segundo a mãe, o médico se assustou com o estado dos pontos no braço e na barriga e recomenda que elas voltem ao Heloneida Studart. A família, porém, decide não retornar à unidade e passa a buscar alternativas.

Em 4 de março, após ser recusada em diferentes hospitais, Alessandra é internada no Hospital Maternidade Fernando Magalhães e transferida para o Hospital Municipal Souza Aguiar. e um mês depois, dia 4 de abril, Alessandra recebe alta.

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De acordo com a família, Alessandra só está viva graças à ajuda dos amigos, que foram incansáveis.  A família ainda conta com a ajuda dos amigos para arcar com todos os medicamentos e com a fisioterapia.

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A família fez um boletim de ocorrência na delegacia. “Já fizemos um requerimento nos hospitais para pegar os prontuários. A partir desse documento, a gente vai entrar com uma ação contra o Estado”, afirmou a advogada Bianca Kald.

Alessandra está noiva há 11 anos e tinha o sonho de engravidar. Ela também não sabe como vai conseguir trabalhar em salões de cabeleireiro sem uma das mãos.

“Eu quero que os responsáveis paguem, que o hospital se responsabilize, porque eles conseguiram acabar com a minha vida. Destruíram meu trabalho, minha carreira, meu sonho… tudo”, declarou Alessandra.

A Secretaria Estadual de Saúde disse que vai abrir uma sindicância para apurar o que aconteceu no Hospital da Mulher Heloneida Studart.

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 64ª DP em São João de Meriti, e que os agentes requisitaram o laudo médico de atendimento na unidade para fazer uma análise.

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Trancista faz cirurgia no útero mas acorda sem o braço – Imagem: Divulgação

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